Companhia de Ópera RS celebra 150 anos da imigração italiana com apresentação de L´Elisir D´Amore

Uma das óperas mais amadas de Gaetano Donizetti, L´Elisir D´Amore –espetáculo estreou no Teatro della Canobbiana de Milão, na Itália, em 12 de maio de 1832 – terá duas sessões nos dias 20 e 21 de setembro (sábado e domingo), no Teatro Simões Lopes Neto. A nova montagem da Companhia de Ópera do RS (CORS), que conta com atuações divertidíssimas dos cantores com cenários e figurinos, com o coro, atores e a Orquestra Theatro São Pedro (OTSP), uma explosão de emoção, humor e pura magia.
A história original se passa em uma aldeia basca no final do século 18, onde Nemorino (Giovanni Tristacci dia 20 e Felipe Bertol dia 21), um rapaz ingênuo e pobre, é perdidamente apaixonado pela rica e latifundiária Adina (Elisa Lopes), que não está interessada em ninguém, somente quer brincar com seus sentimentos e com os de Belcore (Daniel Germano), um militar de passagem pela região. Nemorino encontra um Elixir do Amor, comercializado pelo charlatão “Dr.” Dulcamara (Guilherme Roman), remédio para solucionar o seu mal de amor e antídoto que por si só também “possui” o efeito de destruir ratos e insetos, além de curar todas as doenças. Com uma encenação vibrante e uma música que fará você se sentir vivo, a CORS traz esta obra-prima de Donizetti como o público nunca viu antes em uma nova montagem concebida e dirigida pelo jovem dramaturgo, ator e diretor gaúcho Henrique Cambraia.
“Minha sexta ópera – terceira como diretor –, e confesso que nunca fui tão extasiado com uma produção: a história de Elixir é um bálsamo para o espírito. Meu trabalho sempre se propôs a fazer astronomia da migalha de pão, tratando o objeto simples da vida cotidiana como esboço de toda a humanidade. O mundo inteiro está escrito em um camponês, na dona de casa, nas beatas alcoviteiras, no vigário, no verdureiro e nas crianças de um vilarejo aparentemente pacato. Como dramaturgo e romancista, poucas vezes me senti tão em paz decodificando as personagens e emoldurando o cenário onde habitam. É leve, arejado, bate sol em todo o teatro e tenho certeza de que será uma delícia estar na sombra da plateia”, afirma Cambraia.
O espetáculo é financiado pelo Ministério da Cultura e Secretaria de Estado da Cultura, com patrocínio das Farmácias São João, Proterisco e Nova Aliança e apoio do Consulado Geral da Itália em Porto Alegre e do Restaurante La Villa Amalfi.
FICHA TÉCNICA
Concepção e direção cênica: Henrique Cambraia
Direção Musical: Sérgio Sisto | Coro Lírico da CORS
Regência: Evandro Matté | Orquestra Theatro São Pedro
Pianistas correpetidores: Mari Brito e Patrick Menuzzi
Assistência de direção: Letícia Krenzinger
Elenco
Nemorino: Giovanni Tristacci (20) e Felipe Bertol (21), tenores
Adina: Elisa Lopes, soprano
Dulcamara: Guilherme Roman, baixo-barítono
Belcore: Daniel Germano, baixo-barítono
Gianetta: Camila Umpièrrez, mezzo-soprano
Coro: Paula Schwartz, Cecília Salatti, Débora Moretti, Lisandra Tomé, Oséas Duarte, Xavier Quiñonez, Fernando Montini e Vinícius Braga.
Atores: Bruna Amaral, Inácio Pereira, Eduardo Schenini, Bibiana Lopes, Gabriel Luvizetto, Jorge Luís Rocha, Karla Quintana, Leila Pereira, Gabriel Michelin, Mariana Thedy, Norma Evangelista, Gabriele Rigon, Oritz Campos, Queli Cambraia, Thales Ollermann, Ivanisa Coimbra, Júlia Batista, Manuela Coimbra, Manuela Thedy, Letícia Krenzinger
Produção executiva: Brenda Knewitz
Cenografia: Henrique Cambraia e Eduardo Menna
Figurinos: Henrique Cambraia e Letícia Krenzinger
Iluminação: Veridiana Mendes
Coreografia e preparação corporal: Andressa Pereira
Legendas: Marina Gimenez
Projeto gráfico: Vitória Proença
Assessoria de imprensa: Roberta Amaral
L´Elisir D´Amore
ATO I
Itália, 1836. Nemorino, um jovem aldeão, está perdidamente apaixonado pela bela proprietária de fazenda, Adina, que ele considera fora de seu alcance. Adina conta aos camponeses reunidos sobre o livro que está lendo – a história de como Tristão conquistou o coração de Isolda bebendo uma poção mágica do amor. Um regimento de soldados chega, liderado pelo pomposo Sargento Belcore, que imediatamente se apresenta à Adina e a pede em casamento. Ela declara que não tem pressa em se decidir, mas promete refletir sobre a proposta. Deixada a sós com Nemorino, Adina lhe diz que seu tempo seria melhor aproveitado na cidade cuidando do tio doente do que na esperança de conquistar seu amor, e sugere que ele faça como ela e troque de afeto todos os dias. Nemorino a lembra que nunca se esquece o primeiro amor.
O Dr. Dulcamara, um vendedor ambulante de medicamentos patenteados, chega à aldeia anunciando uma poção capaz de curar qualquer coisa. Nemorino timidamente pergunta se ele vende o elixir do amor descrito no livro de Adina. Dulcamara afirma que sim, oferecendo-lhe dissimuladamente uma garrafa de Bordeaux simples. Ele explica que Nemorino terá que esperar até o dia seguinte — quando o médico já tiver ido embora — para ver os resultados. Embora lhe custe seu último ducado, Nemorino compra e bebe imediatamente e começa a sentir o efeito da “poção” e, convencido de que será irresistível para Adina no dia seguinte, finge alegre indiferença em relação a ela. Surpresa e magoada, Adina flerta com Belcore. Quando chegam ordens para que o sargento retorne imediatamente à sua guarnição, Adina concorda em se casar com ele imediatamente. O chocado Nemorino implora que ela espere mais um dia, que o dispensa e convida toda a aldeia para seu casamento. Nemorino pede desesperadamente a ajuda do médico.
ATO II
Na festa pré-casamento, Adina e Dulcamara entretêm os convidados com uma canção. Adina se pergunta por que Nemorino não está lá, ela não quer assinar o contrato de casamento até que ele apareça. Enquanto isso, Nemorino pede a Dulcamara outro frasco do elixir. Como não tem mais dinheiro, o médico concorda em esperar para que Nemorino possa pegar o dinheiro emprestado. Belcore fica perplexo com o fato de Adina ter adiado o casamento. Quando Nemorino lhe diz que precisa de dinheiro imediatamente, o sargento o convence a se juntar ao exército e receber um bônus por voluntariado. Nemorino compra mais elixir e, de repente, se vê cercado por um grupo de mulheres. Sem saber da notícia de que seu tio morreu e lhe deixou uma fortuna, ele acredita que o elixir finalmente está fazendo efeito. Adina se sente responsável pelo alistamento de Nemorino, mas sua preocupação se transforma em ciúmes ao vê-lo com as outras mulheres. Dulcamara se gaba do poder de seu elixir e se oferece para vender um pouco à Adina, mas ela está determinada a vencer Nemorino sozinha.
Nemorino agora tem certeza de que Adina se importa com ele: notou uma lágrima em sua bochecha ao vê-lo com as outras mulheres. Adina retorna para contar a Nemorino que comprou de volta seus documentos de alistamento. Quando ele novamente finge indiferença, ela finalmente confessa que o ama. Belcore parece encontrar os dois se abraçando e redireciona seu afeto para Giannetta, declarando que milhares de mulheres o aguardam em outro lugar. Dulcamara se gaba para a multidão de que sua poção milagrosa pode fazer as pessoas se apaixonarem e até mesmo transformar camponeses pobres em milionários.
SERVIÇO
Ópera L´Elisir D´Amore
Companhia de Ópera do RS
Quando: 20 e 21 de setembro | Sábado às 20h e domingo às 18h
Onde: Teatro Simões Lopes Neto (Rua Riachuelo, 1089 – Centro Histórico)
Ingressos:
Plateia Baixa: R$130 | Plateia Alta: R$110 | Plateia Alta – Lote promocional (55 ingressos): R$42 | Balcão Inferior: R$42 | Galeria: R$42
Ingressos antecipados no site do Theatro São Pedro
Foto:
Vitória Proença
Fonte:
Roberta Amaral