Nesta quarta-feira (10), a Fundação Iberê lança em Barra do Ribeiro o projeto Iberê nas Escolas. Vinte e quatro crianças do 6º ao 9º ano da Escola Municipal João Gottofredo Hein vivenciarão a experiências artísticas que dialogam com quatro eixos educacionais: letramento, numeramento, iniciação científica e educação sensível.

De acordo com Robson Outeiro, superintendente-executivo da Fundação, “o projeto vai ao encontro da proposta da instituição de ampliar a permanência do aluno no ambiente escolar, assistindo-o integralmente em suas necessidades educacionais, reforçando o aproveitamento em sala de aula com oportunidades de socialização através da arte-educação, tecnologia e desenvolvimento do espírito empreendedor”.

“Por meio da arte, os estudantes desenvolvem a criatividade, a expressão, a sensibilidade, o senso crítico e o olhar atento para o mundo que os cerca, possibilitando que eles explorem diferentes linguagens, como música, dança, teatro e artes visuais, favorecendo a comunicação de ideias, emoções e histórias. Certos desta relevância, queremos construir uma linda história em nosso município, com a chegada do projeto Iberê na Escola, onde nossos alunos poderão ampliar seu repertório através de diferentes manifestações culturais. Estamos ansiosos por viver esta experiência e muito gratos por termos sido contemplados com esta bela iniciativa cultural”, destaca a secretária de Educação e Cultura de Barra do Ribeiro, Paola Corrêa Santiago.

O Iberê nas Escolas, financiado pela CMPC, será realizado vezes por semana, de quarta a sexta, das 13 às 16 horas, no contraturno escolar, e contará com um arte-educador fixo e um oficineiro convidado, cuja linguagem artística será renovada a cada dois meses conforme os interesses do grupo.

O Iberê nas Escolas iniciou em 2019, atendendo 250 crianças e adolescentes em seis instituições da Capital e outras 80 no Lar Luz da Criança, em Eldorado do Sul. Em algumas instituições, os estudantes criaram uma biblioteca, área de convivência e cultivaram hortas. Na pandemia, o projeto ganhou uma versão digital – o Iberê Lab e contou com a participação de 163 jovens do 5º ano de cinco escolas da rede municipal de Guaíba.

Desde o ano passado, a Fundação Iberê atua em Guaíba com crianças e adolescentes com espectro autista atingidas pelas enchentes. A partir de atividades como pintura, música, dança e jogos sensoriais, o (TE.A)rte busca restaurar vínculos e fortalecer a autonomia emocional dos participantes por meio da criatividade e da convivência com outras crianças autistas, transformando o trauma em expressão e pertencimento. Ao longo dos últimos meses, famílias e profissionais relataram avanços significativos: melhora na interação social, redução da ansiedade, desenvolvimento de habilidades motoras e comportamentais, além da ampliação da comunicação afetiva entre os participantes.

Foto:
Mariah Pinheiro

Fonte:
Roberta Amaral